O Herói da Marinha Brasileira morto na Batalha do Riachuelo
João Guilherme Greenhalgh Nasceu no Rio de Janeiro em 1845. De ascendência inglesa, era filho de Guilherme Greenhalgh e de sua esposa, a Brasileira Eugênia Vidal. Matriculou-se na Escola Naval em fevereiro de 1862. Nos exames prestados, obteve o quarto lugar numa turma de trinta e um aprovados. Dessa turma, nove foram indicados para o acesso a Guarda-Marinha. De acordo com o Conselho de Instrução, Greenhalgh foi classificado em primeiro lugar, como Chefe de Classe, pois obtivera a "maior soma de melhores notas de aprovação nas matérias do terceiro ano e exibe melhor comportamento e respeito dos outros".
Nomeado Guarda-Marinha em 1864, foi designado para embarcar na Corveta Imperial Marinheiro, passando a seguir para a Fragata Constituição.
Em princípios de 1865, passou para a Corveta Parnahyba, então sob o comando de Aurélio Garcindo de Sá, a fim de adquirir a necessária prática de serviço em operações de guerra.
A 30 de abril, a Parnahyba zarpou de Buenos Aires, juntamente com a Canhoneira Ivaí e a Fragata a vapor Amazonas, esta com a insígnia do Chefe-de-Divisão, Francisco Manuel Barroso da Silva.
Foi herói da Guerra da Tríplice Aliança. Durante a memorável Batalha Naval do Riachuelo, em 11 de junho de 1865, o seu navio, a Corveta Parnaghyba, foi abordada a um só tempo por trás navios paraguaios e teve sua tolda a ré ocupada pela turba inimiga. Defendendo com todas as suas forças o Pavilhão Nacional, que um oficial paraguaio tentava arriar, viu-se Greenhalgh acutilado por todos os lados, e tombou no convés de seu navio, no mesmo dia 11 de junho. Greenhalgh empunhou a sua arma e a descarregou sobre o adversário. A nossa bandeira que chegou a ser arriada por um oficial paraguaio, o qual também se apoderou do leme, foi defendida até à morte pelo Guarda-Marinha Greenbalgh e pelo Capitão do Exercito Pedro Afonso Ferreira, que morreram terrivelmente acutilados, mas emergiram para os esplendores da história.
Os paraguaios, em onda, avançaram sobre Greenhalgh, que teve a cabeça decepada. Em reconhecimento, a Marinha lhe tem dedicado, em várias épocas, um navio de guerra com o seu nome, para que este seja sempre lembrado como exemplo de extremo sacrificio na defesa da Pátria.
Para homenagear sua memória, ainda nesse ano de 1885, o governo mandou dar o seu nome a uma Canhoneira, a qual prestou assinalados serviços na própria guerra contra o governo do Paraguai. Mais dois navios perpetuaram-lhe o nome: Um pequeno vapor de casco de madeira, transformado em torpedeira, um Contratorpedeiro líder de flotilha construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e a atual Fragata Greenhalgh – F 46. No Distintivo dos navios Greenhalgh, a faixa ondada simboliza o rio, onde a 11 de junho, na abordagem da Corveta Parnahyba, o Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh deu a vida pela integridade da Pátria ao defender com indômita bravura o Pavilhão Nacional.
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