Dedo do meio da mão direita de Galileu Galilei, preservado pelo Museu Galilei.


Foi apenas no ano de 1737 que a Igreja Católica permitiu que o corpo de Galileu fosse exumado do pequeno túmulo sem identificação no qual estava, para ser enterrado apropriadamente na Basílica de Santa Croce. Entretanto, durante seu enterro, alguns de seus admiradores decidiram manter algumas partes de seu corpo como relíquias.

Assim, foram retirados de Galilei três dedos, um dente e uma vértebra. Os admiradores também gostariam de retirar seu crânio por considerarem o osso protetor de um cérebro brilhante, mas acabaram sendo contidos. Essas partes acabaram sendo reverenciadas como se fossem os restos mortais de um santo, mesmo na época Galileu ser considerado um dos maiores hereges.

Sua vértebra foi parar na Universidade de Pádua, onde lecionou por diversos anos. Já as demais partes acabaram sendo guardadas por colecionadores, até desaparecerem em 1905.

No ano de 2009, mais de um século depois, elas surgiram curiosamente durante um leilão, armazenados em um vaso de vidro do século 18, que estavam dentro de uma caixa de madeira com o rosto do cientista. Os itens foram comprados por um colecionador de arte de Florença chamado Alberto Bruschi, junto de sua filha.

Ao identificarem que o rosto na caixa era de Galileu Galilei, e encontrarem informações de que partes de seu corpo haviam sido retiradas durante seu enterro, eles levaram os restos do estudioso para as autoridades. Pesquisas mais detalhadas foram realizadas e comprovaram a autenticidade das partes, que foram levadas para o Museu Galilei, em Florença, e foram expostas para os visitantes.

Fonte: Aventuras na História -UOL
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